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TATUAGEM DE LESÃO POR ENDOSCOPIA

Trata-se de procedimento endoscópica utilizado para a marcação precisa do sítio de uma lesão identificada através de endoscopia. Tal método permite a localização intraoperatória de lesões detectadas por métodos endoscópicos que é sabidamente imprecisa quando se baseia somente em marcos anatômicos com até 14% dos tumores cólon, por exemplo, sendo identificados cirurgicamente em sítio diverso ao descrito na colonoscopia. Particularmente, a abordagem laparoscópica dificulta a identificação de lesões menores que poderiam ser palpadas em técnicas cirúrgicas abertas, levando em último caso, a não ressecação do segmento apropriado.


Uma outra situação que demanda adequada determinação do sítio de lesão, é o segmento endoscópico pós resseção de lesões. Após a remoção, por exemplo, de uma lesão de cólon em mais de um fragmento (“piecemeal”), para se assegurar da completa resseção em exames de controle, se torna essencial saber a localização exata da lesão retirada.


Portanto, com intuito principal de localizar no pré operatório uma lesão do trato gastrointestinal, ou mesmo definir uma área a ser acompanhada endoscopicamente, algumas técnicas foram desenvolvidas. Entre elas, a tatuagem endoscópica é a mais comumente utilizada e mais facilmente reprodutível.


Para a realização do procedimento, após localização da área a ser tatuada, a agulha do cateter injetor é exposta e penetra a mucosa de forma angulada, de modo que a aplicação do conteúdo injetado acesse a submucosa.


Dentre os corantes com maior durabilidade cita-se a tinta da Índia e a indocianina verde, sendo a tinta da Índia a mais comumente utilizada. A tinta da Índia consiste de uma solução de partículas de carbono e pode permanecer no tecido corado por tempo estimado de até 10 anos, permitindo a visualização de tumores marcados endoscopicamente em até 97% dos casos. Usualmente utilizada em soluções 1:50 – 1:100.


São raras as complicações descritas com a tatuagem endoscópica pela técnica de teste com solução salina. Entre as complicações descritas, principalmente com uso da técnica de injeção direta, cita-se:


  • Formação de úlcera no sítio de injeção
  • Abscessos
  • Perfurações
  • Necrose perivisceral e formação de pseudotumor inflamatório
  • Consentimento Informado Para Terapia Endoscópica